O grito do silêncio.

Se a palavra vale prata, diz o provérbio, o silêncio vale ouro. E há momentos em que o silêncio se faz necessário. Não se trata do “quem cala, consente”. Falo do silêncio consciente, carregado de responsabilidade.

Falo do silêncio de quem, num momento de raiva, diria bem mais do que necessário. De quem rebaixaria o outro, em vez de qualificá-lo. De quem usaria palavras mordazes, ferinas, machucando, em vez de curar a ferida.

O silêncio do qual eu falo é o silêncio de que esfria a briga, ameniza as discussões impedindo que sejam jogadas palavras de pólvora, quando o fogo já está queimando demais.

Trata-se de calar até que os ânimos serenem e que se possa expressar, de forma pacífica, a versão dos fatos. Trata-se de calar, não como quem sucumbe, mas como quem, calando, contornou a situação e abriu espaço para o perdão.

3 Response to "O grito do silêncio."

  1. Anônimo Says:
    19 de fevereiro de 2009 às 18:28

    "quem cala conscente..." eu dizia... "ou ignora!" repondia minha mae!!!

  2. Anônimo Says:
    26 de fevereiro de 2009 às 18:48

    "Seja senhor das palvras que CALA e não escravo das palvras que FALA"

  3. Elora * says:
    3 de março de 2009 às 08:45

    sábio é aquele que sabe usar o "banal" silêncio ao seu favor. E aprende, que não somente as palavras tem poder.